domingo, 22 de julho de 2012

Estamos de Férias

A preciosa Bênção dos Pais


A importância da bênção dos pais na vida dos filhos
Quando eu era criança, estava acostumado a pedir a bênção aos meus pais – a qualquer hora que saísse ou chegasse em casa, – naquele apressado “Bença, pai!”, “Bença, mãe!”, tão apressado que quase não ouvia a resposta. Todos nós, quando crianças, estávamos tão acostumados a pedir a bênção dos pais que, quando saíamos sem ela, parecia-nos que faltava algo à nossa segurança ou ao sucesso de nossos planos… Ao menos quatro vezes por dia eu e meus oito irmãos pedíamos a bênção a nossos pais: ao acordar, ao irmos para a escola, ao voltar da escola, e ao se deitar.
Hoje, passados os anos, tenho profunda consciência da importância da bênção dos pais na vida dos filhos. É a Sagrada Escritura que nos alerta da necessidade dessa bênção. Toda a Bíblia está repleta de passagens indicando a importância que Deus dá aos pais na vida dos filhos. Os pais são os cooperadores de Deus na criação dos filhos e, dessa forma, são também um canal aberto para que a bênção divina chegue aos filhos.
O livro do Deuteronômio registra o quarto mandamento: “Honra teu pai e tua mãe, como te mandou o Senhor, para que se prolonguem teus dias e prosperes na terra que te deu o Senhor teu Deus” (Dt 5,16). Desta forma, Deus promete vida longa e prosperidade àqueles que honram os pais. São Paulo disse que esse é “o primeiro mandamento acompanhado de uma promessa de Deus” ( Ef 6,2).
Os livros dos Provérbios e do Eclesiástico estão cheios de versículos que trazem a marca da presença dos pais. Eis um deles: “A bênção paterna fortalece a casa de seus filhos, a maldição de uma mãe a arrasa até os alicerces” (Eclo 3,11). Esse versículo mostra que a bênção dos pais (e também a maldição!) não é simplesmente uma tradição do passado ou mera formalidade social. Muito mais do que isso, a Escritura nos assegura que a bênção dos pais é algo eficaz e real, isto é, um meio que Deus escolheu para agraciar os filhos. Deus quis outorgar aos pais o direito e o poder de fazer a Sua bênção chegar aos filhos. É a forma que Deus usou para deixar clara a importância dos pais. Analisemos estas passagens marcantes:
“Ouvi, meus filhos, os conselhos de vosso pai, segui-os de tal modo que sejais salvos. Pois Deus quis honrar os pais pelos filhos, e cuidadosamente fortaleceu a autoridade da mãe sobre eles.
Quem honra sua mãe é semelhante àquele que acumula um tesouro. Quem honra seu pai achará alegria em seus filhos, será ouvido no dia da oração. Honra teu pai por teus atos, tuas palavras, tua paciência, a fim de que ele te dê sua bênção, e que esta permaneça em ti até o teu último dia. Pois um homem adquire glória com a honra de seu pai,      e um pai sem honra é a vergonha do filho. Como é infame aquele que abandona seu pai, como é amaldiçoado por Deus aquele que irrita sua mãe!” (Eclo 3, 2-3.5-6.9-10.13.18).
Todos esses versículos do capítulo 3 do Eclesiástico mostram claramente a grande importância que Deus dá aos pais na vida dos filhos e, de modo especial, à bênção paterna e materna. Infelizmente, muitos pais parece que já não sentem a prerrogativa que Deus lhes deu para educar formar e abençoar os filhos. Muito já não acreditam no poder da bênção paterna e nem mesmo ensinam os filhos a pedi-la.
Os pais têm uma missão sagrada na terra, pois deles dependem a geração e a educação dos filhos de Deus. Eles são os primeiros mensageiros de Deus na vida dos filhos, sobre os quais têm o poder de atrair as dádivas de Deus. Não importa qual seja a idade do filho, ele sempre deve pedir a bênção de seus pais. E também não importa se o velho pai é um doutor ou um analfabeto, o filho não deve perder a oportunidade de ser abençoado por ele, se possível todos os dias, mesmo já adulto.
Se você ainda tem seus pais (ou apenas um deles) não perca a oportunidade que Deus lhe dá de beijar-lhes as mãos e pedir-lhes a bênção, para que Deus abençoe você, guiando seus passos e protegendo sua vida. Importa jamais nos esquecermos de que enquanto “a bênção paterna fortalece a casa de seus filhos, a maldição de uma mãe a arrasa até os alicerces” (Eclo 3,11).
Prof. Felipe Aquino

domingo, 15 de julho de 2012

Dom Bosco e a importância da educação


FORMAÇÕES

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Normas práticas para a educação dos filhos

Educar é uma bela missão pela qual vale a pena gastar o tempo, o dinheiro e a vida; afinal, estamos diante da maior preciosidade da vida: nossos filhos. Tudo será pouco em vista da educação deles. Educar é formar a pessoa em todos os níveis: fisíco, racional e espiritual.

Uma antiga história sobre o famoso artista Michelangelo relata que, um dia, ele foi com seus alunos às montanhas da Itália para escolher pedras a serem esculpidas no ateliê. Eis que ele viu um bloco de pedra e disse aos alunos: "Aí dentro há um anjo, vou colocá-lo para fora!". Levaram-na para o ateliê e lá, com o seu trabalho, o anjo foi surgindo na pedra. Os discípulos ficaram maravilhados com o “milagre” do gênio e lhe perguntaram como ele havia conseguido aquela proeza. Ele respondeu: “O anjo já estava aí, apenas tiramos os excessos que estavam sobrando”.

Educar é isso! É ir com paciência e perícia, bondade e amor, fé e esperança, eliminando os maus hábitos e descobrindo as virtudes, até que o "anjo" apareça. Há um anjo em cada filho, mas é preciso pô-lo para fora. Não basta gerar os filhos; é preciso educá-los, e bem.
Mesmo que hoje seja mais difícil educar os filhos, porque uma inundação de “falsos valores” entra em nossas casas pela mídia, com um trabalho dedicado e atencioso os pais podem realizar uma boa educação. Mas, para isso, terão de conquistá-los, dedicando-lhes tempo, atenção, carinho, etc., sem o que, eles não ouvirão a sua voz e não colocarão em prática os seus conselhos.

Os filhos precisam “ter orgulho” dos pais; sem isso a educação poderá ficar comprometida. Se o filho tiver mais amor ao mundo do que aos pais, então, ele ouvirá mais o mundo do que a eles. É assim que os pais “perdem” os seus filhos e estes já não mais ouvem a sua voz.

Conclui-se daí que os primeiros a serem educados são os pais, para poderem educar os filhos. André Bergè, pedagogo francês, dizia que “os defeitos dos pais são os pais dos defeitos dos filhos”.

São João Bosco, cuja memória litúrgica celebramos em 31 de janeiro, foi chamado de “Pai e mestre da juventude”, porque se dedicou aos jovens durante toda a sua vida. Dizia-lhes: “Basta que você seja jovem para que eu o ame”. Com um amor sem medidas, sabia recuperar os mais deseducados e trazê-los a Deus e ao bom convívio com os outros.

Ele nos deixou normas práticas e seguras que vale a pena recordar:
1. Valorize o seu filho. Quando respeitado e estimado, o jovem progride e amadurece.
2Acredite no seu filho. Mesmo os jovens mais "difíceis" trazem bondade e generosidade no coração.
3. Ame e respeite o seu filho. Mostre a ele, claramente, que você está ao seu lado, olhe-o nos olhos. Nós é que pertencemos a nossos filhos, não eles a nós.
4. Elogie seu filho sempre que puder. Seja sincero: quem de nós não gosta de um elogio?
5. Compreenda seu filho. O mundo hoje é complicado, rude e competitivo. Muda todos os dias. Procure entender isso. Quem sabe ele está precisando de você, esperando apenas um toque seu.
6. Alegre-se com o seu filho. Tanto quanto nós, os jovens são atraídos por um sorriso; a alegria e o bom humor atraem os meninos como mel.
7. Aproxime-se de seu filho. Viva com o seu filho. Viva no meio dele. Conheça seus amigos. Procure saber aonde ele vai, com quem está. Convide-o a trazer seus amigos para a sua casa. Participe amigavelmente de sua vida.
8. Seja coerente com o seu filho. Não temos o direito de exigir de nosso filho atitudes que não temos. Quem não é sério não pode exigir seriedade. Quem não respeita, não pode exigir respeito. O nosso filho vê tudo isso muito bem, talvez porque nos conheça mais do que nós a ele.
9. Prevenir é melhor do que castigar o seu filho. Quem é feliz não sente a necessidade de fazer o que não é direito. O castigo magoa, a dor e o rancor ficam e separam você do seu filho. Pense, duas, três, sete vezes, antes de castigar. Nunca com raiva. Nunca.
10. Reze com seu filho. No princípio pode parecer "estranho". Mas a religião precisa ser alimentada. Quem ama e respeita a Deus vai amar e respeitar o seu próximo. "Quando se trata de educação não se pode deixar de lado a religião".

Deixar Deus de fora da educação dos filhos seria algo comparável a alguém que quisesse montar uma bela é complexa máquina ou estrutura sem querer usar e seguir o projeto detalhado do projetista. É claro que tudo sairia errado. É o que acontece hoje infelizmente com a educação das nossas crianças e jovens. De maneira orgulhosa Deus tem sido ignorado e Suas leis desprezadas pelo homem pós-moderno, autossuficiente e arrogante. Ele não é mais capaz de adorar a Deus porque ele se tornou o seu próprio deus.
Felipe Aquino

Pai, Eu Estou Te Observando



quinta-feira, 5 de julho de 2012

O que é a “Partícula de Deus”?


O Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN) anunciou a descoberta de uma nova partícula, que pode ser o procurado Bosón de Higgs, embora ele ainda não possa confirmar a informação com certeza científica. Mas foi uma grande descoberta para a Física das partículas, segundo o diretor-geral do CERN, Dr. Rolf Heuer, que ontem, dia 4 de julho de 2012, disse que se trata de um avanço “histórico” a descoberta dessa nova partícula consistente com o Bosón, chave para entender a formação da massa e do Universo.
Há uma teoria, conhecida por Modelo Padrão da Física, proposto por Einstein, que classifica as partículas fundamentais e suas interações. Todas as partículas e interações do Modelo Padrão já foram detectadas, exceto a partícula Bóson de Higgs. Acredita-se que este Bóson é o responsável por determinar a massa de todas as outras partículas fundamentais.
É preciso muita energia para se determinar o Bóson, daí a necessidade de um acelerador tão grande. Ela está no intervalo entre 115 e 200 bilhões de elétron volts (eV) — uma unidade para medir a energia ou a massa de partículas na Física. É uma partícula difícil de ser detectada. Se os cientistas a encontrarem, isso quer dizer que o Modelo Padrão da Física está correto. Mas, se ela não existe, será preciso pensar em uma forma de explicar a natureza completamente diferente do que temos agora. Essas pesquisas são realizadas no maior acelerador de partículas do mundo, o “Grande Colisor de Hádrons” (Large Hadrons Colisions – LHC), um anel de 27 quilômetros, que fica 100 m abaixo da superfície, em Genebra, na Suíça. É a maior máquina humana já construída, custou cerca de 10 bilhões de dólares.
Um acelerador de partículas é construído para esmigalhar partículas atômicas, chocando umas contra as outras a velocidade próxima a da luz. O objetivo é determinar as partículas fundamentais da natureza, aquelas que não podem mais ser divididas. O LHC não foi feito para se recriar as condições do Big Bang, como se divulgou; ele criará um ambiente físico parecido com o existente logo depois dos primeiros instantes do Big Bang.
No século XIX, o padre jesuíta George Lamaitre, astrofísico, baseado nas descobertas da expansão do universo e das medidas do astrofísico Hubbles, propôs o início do universo com a teoria do Big Bang; uma grande expansão que começou, pelo cálculo dos físicos, há 13,7 bilhões de anos. Esta é hoje a melhor explicação da origem do universo.
O Dr. Peter HIggs, por volta de 1960, estudando o fenômeno chegou à conclusão de que era necessário que existisse uma partícula que ficou sendo chamada de Bóson de Higgs, a fim de explicar como, no Big Bang, surgiu a massa da matéria do universo. A detecção do Bóson de Higgs provaria, então, a existência de um campo invisível que supostamente permeia todo o Universo, como sendo a forma como a matéria obteve massa depois do Big Bang. Segundo essa teoria, o Bóson foi o agente que possibilitou o desenvolvimento das estrelas, dos planetas e da vida, ao dar massa às partículas mais elementares. Daí o nome de “partícula de Deus”.
Se o Big Bang ficar confirmado, pode ser entendido como sendo o ato criador pelo qual Deus deu origem ao universo. Isto não será uma prova da existência de Deus, nem mesmo será para os descrentes que Ele é o criador do universo; mas, para os que creem será algo maravilhoso, pois saberemos um pouco mais como Ele criou tudo. Como disse o Dr. Heuer, “isto representa um avanço fenomenal em nossa compreensão da natureza”. Além disso, a descoberta do Bóson jogará uma luz sobre outros mistérios do Universo.
A Igreja participa de tudo isso com muito interesse. Em 2009, houve um defeito no LHC e o Vaticano participou do seu conserto. Houve uma parceria entre seu laboratório de astronomia, o La Specola, e o CERN para reativar o acelerador de partículas LHC. O cardeal Giovanni Lajolo, presidente da Pontifícia Comissão para o Estado da Cidade do Vaticano, visitou o CERN, em Genebra, em 2009. Ele se reuniu com o diretor-geral do centro, Rolf Heuer, e disse que “o conhecimento sobre a origem do universo não pode deixar de interessar também a quem lida com as relações entre a fé e a razão”. É a união entre a ciência e a fé.
Prof. Felipe Aquino