quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Eu uso a MODA ou sou USADO por ela?


O QUE É ‘ESTAR NA MODA’?

DITADURA DA BELEZA / REPORTAGENS

Por Clarissa Oliveira e Daniel Machado
Equipe Destrave
A moda, para muitos, é uma forma de se integrar à sociedade ou pertencer a um determinado grupo. É comum ouvirmos: “Vou comprar porque está na moda” e “Vou usar porque está na moda”. Dessa forma, as pessoas vão, ora se diferenciando, ora se associando a certos padrões de vestimenta e comportamento.
Quando falamos de moda estamos falando de um mundo amplo e complexo. Existe a moda dos punks, dos hippies, dos anos 60, 80, das crianças, dos idosos, das passarelas, do Oriente, do Ocidente, assim por diante. Certo mesmo é que o ser humano sempre precisou adaptar seu modo de ser, de agir e de se vestir ao seu contexto social.
Mas de onde vêm este comportamento e as tendências da moda?
A moda está ligada ao contexto de época. Muda o ser humano e é mudada por ele
Segundo o professor de moda Raphael Finoti, a moda na vestimenta começou com os homens. “Quanto mais se vestiam [bem], tanto mais eles eram aceitos e prestigiados na sociedade”, revela Finoti.
A partir do fim da Idade Média a burguesia passou a copiar o estilo de se vestir dos nobres para também ser aceita na sociedade. A forma de se vestir mostrava a classe e o prestígio do homem ou da mulher diante da sociedade. “Os vestidos chegavam a pesar até 45kg e quanto maior o vestido, tanto mais dinheiro tinha a dama”, ensina o professor de moda. Desde então, os nobres têm ditado a forma como a sociedade deveria se vestir, já que todas as outras classes buscavam imitá-los.
A história não mudou muito de lá para cá. Hoje as pessoas de diversas classes sociais tentam copiar a forma de se vestir de artistas, modelos, atores e pessoas influentes na mídia.
“Vista aquilo que te faz bem mas não fuja do que você é como pessoa”
Não importa quanto custa tal calça, tal vestido ou acessório, na busca de se enquadrar nesta sociedade da aparência vale “fazer das tripas coração” para não se sentir excluído.
Raphael Finoti "A roupa expõe a nossa personalidade"
Mas alguém pode perguntar: “Estar na moda é algo ruim?” Não! Afinal, todos nós, de certa forma, estamos dentro de um contexto social e, consequentemente, usamos uma moda. No entanto, não é justo que percamos a nossa liberdade – e também o nosso dinheiro – para obedecer à ditadura da moda. Não é justo que uma pessoa, influenciada pela propaganda, gaste além do que pode para se sentir melhor e tentar ser mais “feliz”.
Passar a usar determinada roupa ou assumir um comportamento específico só porque o artista da novela ou aquela cantora famosa a usa ou se comporta de tal forma é vender a nossa liberdade.
“A roupa expõe a nossa personalidade. Vista aquilo que você se sente bem, mas que não fuja daquilo que você é como pessoa”, ressalta o professor.
Para o cristão existe uma moda? Sim, a moda da consciência e do discernimento. Já dizia São Paulo “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma” (I Cor 6, 12).
De fato, muitas vezes, é isso que falta para aqueles que usam de tudo o que aparece pela frente apenas por “estar na moda”, atender ao apelo midiático e preencher o vazio interior.
Será que por trás daquele tipo de roupa, da compra daquele tênis de marca, de me vestir como aquele (a) cantor (a), não está escondido a fuga da realidade e de mim mesmo? O que estou escondendo e, ao mesmo tempo, querendo mostrar às pessoas?
Cuidar do corpo, se arrumar, estar bem exteriormente é sinal de saúde psíquica, física e espiritual. Devemos cuidar da nossa aparência, sim, mas fazer disso uma necessidade vital, uma preocupação exagerada é sinal de doença e escravidão aos padrões do mundo. Uma pessoa não pode resumir o seu ser na estética nem buscar nisso a sua felicidade. O segredo da beleza está numa vida cheia de sentido.
Sabe o que realmente é estar na moda? Ser você!
#DicaBacana: 100 anos de moda em 100 segundos
Fonte: Canção Nova

Advento



O Ano Litúrgico começa com o Tempo do Advento; um tempo de preparação para a Festa do Natal de Jesus. Este foi o maior acontecimento da História: o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Dignou-se a assumir a nossa humanidade, sem deixar de ser Deus. Esse acontecimento precisa ser preparado e celebrado a cada ano. Nessas quatro semanas de preparação, somos convidados a esperar Jesus que vem no Natal e que vem no final dos tempos.
Nas duas primeiras semanas do Advento, a liturgia nos convida a vigiar e esperar a vinda gloriosa do Salvador. Um dia, o Senhor voltará para colocar um fim na História humana, mas o nosso encontro com Ele também está marcado para logo após a morte.
Nas duas últimas semanas, lembrando a espera dos profetas e de Maria, nós nos preparamos mais especialmente para celebrar o nascimento de Jesus em Belém. Os Profetas anunciaram esse acontecimento com riqueza de detalhes: nascerá da tribo de Judá, em Belém, a cidade de Davi; seu Reino não terá fim... Maria O esperou com zelo materno e O preparou para a missão terrena.
Coroa do Advento:
Para nos ajudar nesta preparação usa-se a Coroa do Advento, composta por 4 velas nos seus cantos – presas aos ramos formando um círculo. A cada domingo acende-se uma delas. As velas representam as várias etapas da salvação. Começa-se no 1º Domingo, acendendo apenas uma vela e à medida que vão passando os domingos, vamos acendendo as outras velas, até chegar o 4º Domingo, quando todas devem estar acesas. As velas acesas simbolizam nossa fé, nossa alegria. Elas são acesas em honra do Deus que vem a nós. Deus, a grande Luz, "a Luz que ilumina todo homem que vem a este mundo", está para chegar, então, nós O esperamos com luzes, porque O amamos e também queremos ser, como Ele, Luz.
Termo:
Advento vem de adventus, vinda, chegada, próximo a 30 de novembro e termina em 24 de dezembro. Forma uma unidade com o Natal e a Epifanía.
Cor:
A Liturgia neste tempo é o roxo.
Sentido:
O sentido do Advento é avivar nos fiéis a espera do Senhor.
Duração:
4 semanas